Lima Barreto e os limites da "modernidade" no Brasil
Conferencista: Lilia Schwarcz (Universidade de São Paulo).
Data: Quinta-feira 14/06/2012
Horário: 9:00 - 12:00
Local: Auditório da Reitoria
Resumo:
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de ação, mas também aquele que viu nascer uma série de discursos raciais e deterministas. De um lado, o nascente fenômeno urbano transformou-se em teatro para as experimentações das vanguardas artísticas modernistas; de outro lado, deu guarida às novas tecnologias raciais de identificação e de condenação da mestiçagem. No Brasil conviveram, pois, liberalismo com darwinismo racial, inclusão com exclusão social; livre arbítrio com determinismo biológico e social e tal ambivalência se fez sentir sobretudo num grupo de famílias negras que conheceram ascensão social durante o Império. Já na República, o fenômeno que se afirmou foi o da exclusão social e do rebaixamento. Diante de tanta ambiguidade e cisão, o contexto pedia negociação e agência: identificação diante dessa nova massa de libertos, mas também diferenciação. Lima Barreto conheceu de perto essa situação, sobretudo durante as duas internações de 1914 e 1918 no Hospital Nacional. Por lá, ele, que era crítico costumas das teorias raciais, perdeu sua "persona literária", não pode mais se esconder por detrás do funcionário público e viveu uma situação em que seu "corpo parecia trair suas certezas mais íntimas". Era apenas o paciente da camisa listada com o carimbo: Pandemônio.
Organização:
Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Antropologia
Grupo de Pesquisa
Nome: Profa. Dra. Lilia Schwarcz
Email: nppaufs@gmail.com; ulisses38@hotmail.com
Telefone:
O evento muito bom!!
ResponderExcluirParabéns a UFS pela organização!
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